Pedido de Música

Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

CRAMUNHÃO DO PLANALTO QUER GOLPE OU VOTO? - CL Web Rádio

CRAMUNHÃO DO PLANALTO QUER GOLPE OU VOTO?

Por Wendell Setubal*/
Imagem:Reprodução/

JAIR Cramunhão convoca sua tribo para encher as ruas no 7 de setembro para exigir. Exigir o quê?

NO início do ano, falava-se em Golpe com ou sem o apoio das Forças Armadas. Quem discordou desde o início foi o imperialismo norte-americano, que coloca o Brasil como seu quintal; se preferirem um eufemismo, “área de influência”. Existem duas hipóteses:

HIPÓTESE 1 – Ele perde a eleição e, já no primeiro turno, denuncia urnas irregulares e diz que não vai sair, enquanto não for realizada uma “eleição limpa”. Um tanque de algum general mais fanático vai pra rua, visando conseguir adesões. Um comentário de Joe Biden encerra o mau espetáculo circense. Lembre-se que a crítica às urnas eletrônicas foi rebatida por um secretário de Biden, cujo cargo equivale aqui ao de ministro da Defesa.

HIPÓTESE 2 – Ele ganha a eleição e golpes serão dados durante o segundo mandato no caminho de um Executivo forte e autoritário. Leitores perplexos: “Este cara pirou. Deve ser a idade, coitado, 71 anos, já em quadro demencial.” Não, não enlouqueci. Como milhões de carentes que estão recebendo os 600 reais do Auxílio irão reagir? Além do auxílio, diminuiu a rejeição a Bolsonaro entre as mulheres, o mesmo acontecendo com os arrependidos de terem votado nele. Este grupo está voltando porque fracassou a Terceira Via. Por fim, Bolsonaro empatou com Lula em São Paulo e diminuiu a diferença em Minas, os dois maiores colégios eleitorais do país.

OUTRO dado que pode favorecer o bolsonarismo é que os pobres no Brasil de hoje estão geograficamente próximos da Direita, os pastores neopentecostalistas, do que da Esquerda, que é majoritariamente de classe média, mora em bairros de classe média.

ISSO já é uma realidade? Não, é uma TENDÊNCIA. Pode se materializar ou não. Na eleição de São Gonçalo, Dimas ganhou até Alcântara. Quando os votos da periferia começaram a pingar, Capitão Nélson virou. A classe média com Lula e o pobre com Cramunhão seria o pior cenário. Respingaria até na ultraesquerda, obcecada pela Greve Geral.

NA Ditadura, tínhamos uma metralhadora: o mimeógrafo. Hoje, redes sociais, panfletos sem jargão, o trabalho “cinzento” são as armas de que dispomos. E um gole de utopia.

*Wendell Setubal – Revisor de texto com Pós-Graduação pela PUC-MG. Publicado originalmente na página Fato e Ideias no Facebook.

Deixe seu comentário:

© Todos os direitos reservados a Censura Livre- 2018 ~ 2019