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Moradores de Paquetá se mobilizam contra mudanças da CCR Barcas - CL Web Rádio

Moradores de Paquetá se mobilizam contra mudanças da CCR Barcas

Foto: Reprodução

Os moradores da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, conseguiram suspender as mudanças arbitrárias na grade de horários impostas pela CCR Barcas, concessionária que explora os serviços de transporte marítimo de passageiros na Baía de Guanabara, nas linhas da empresa: Paquetá-Praça XV, Paquetá-Cocotá-Praça XV, Praça XV-Paquetá e Praça Arariboia-Praça XV. As alterações entrariam em vigor nos dias 30 de dezembro e 2 de janeiro.

“Essa suspensão (anunciada sexta-feira, 27-12) é uma primeira vitória da nossa mobilização. Mas infelizmente a nossa luta ainda não terminou”, afirma em nota a Associação de Moradores de Paquetá.

Segundo a entidade, a CCR insiste no erro. “A concessionária divulgou agora, nas estações, que a mudança ocorrerá dia 8 de janeiro de 2020. Portanto, vamos nos manter mobilizados até conquistarmos a revogação definitiva”, completa a nota.

ATO – Neste domingo (29-12), às 11h, na Praça Pedro Bruno, em Paquetá, haverá ato pela manutenção dos horários antigos.
“Todos no ato público pela revogação definitiva desses horários e trajeto absurdos. Não vamos dispersar, todos juntos no domingo!”, afirma a nota.
Além da mobilização, os moderadores recorreram também à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

“Já houve um primeiro recuo da CCR ao ser notificada pela Comissão de Transportes da Alerj. A concessionária  adiou a implementação para o dia 8 de janeiro. Não é nem vitória parcial, mas já demonstra algum nível de fragilidade (da decisão da empresa)”, afirma um morador da Ilha.

De acordo com reportagem do jornal “O Dia”, a CCR “decidiu alterar a data das mudanças após receber um ofício da Agetransp questionando a decisão judicial”.
 
“A Agetransp questiona a decisão judicial que autoriza a implementação das medidas operacionais anunciadas para as linhas Arariboia e Paquetá e Cocotá”, informou a reportagem.
“Em respeito aos seus usuários, ao Estado e à Agência Reguladora, o período de comunicação das referidas medidas será estendido até o dia 7 de janeiro. Não obstante essa certeza quanto à aplicação imediata da decisão, a Concessionária, em respeito ao referido ofício recebido, levará os seus termos ao conhecimento do Juízo onde o processo tramita, requerendo a intimação formal do Estado do Rio de Janeiro (Setrans) e da Agência para o cumprimento da decisão proferida”, informou o comunicado da empresa.

Ao jornal “O Dia”, o presidente da Comissão de Transportes da Alerj, Dionísio Lins, informou que notificou a CCR Barcas, na sexta-feira (27-12), cobrando explicações sobre os motivos que levaram a concessionária a alterar a grade de viagens sem aviso prévio à agência reguladora (Agetransp) e sem consultar os passageiros. Ele também vai pedir um parecer da Promotoria do Governo do Estado sobre a decisão da concessionária.

“Essas mudanças vão atingir diretamente aos usuários que já têm seu dia-a-dia programado dentro dos horários existentes para irem ao trabalho, escola e tratamentos médicos. Queremos saber se foi realizado algum tipo de estudo técnico sobre o impacto que essa decisão causaria aos usuários e, caso afirmativo, que ele seja apresentado. Para se ter uma ideia, a barca de 8h que faz a linha Cocotá-Praça 15 transporta diariamente, nesse horário, cerca de 600 pessoas”, disse o secretário ao jornal.

A CCR divulgou, no início da semana, que as linhas da Ilha de Paquetá e Cocotá (Ilha do Governador) teriam seus horários modificados a partir da próxima segunda-feira, dia 30 de dezembro. Já a linha que liga a Praça Arariboia, em Niterói, ao Centro do Rio, seria alterada a partir do primeiro dia útil de 2020, 2 de janeiro. O único meio de transporte para se chegar e sair da Ilha de Paquetá são as barcas.

Segundo publicação na imprensa, a linha Arariboia, que segundo a CCR Barcas possui taxa de ocupação média nos horários de rush de 62%, teria intervalo máximo de 15 minutos a partir de 2 de janeiro de 2020 nesse horário. Hoje, este intervalo é de 10 minutos. A concessionária afirmou, no entanto, que em caso de demanda poderá reduzir o intervalo pontualmente.

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