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Por Marlucio Luna*
Imagem: Reprodução
O Rio de Janeiro tem um produto que se transformou em marca registrada do estado: governador corrupto. A produção é tão grande que virou item da pauta de exportação.
São Paulo, que não quer ficar para trás, tratou de importar um carioca para gerir o estado, claro que mantendo as características originais do produto. Este mesmo carioca sonha em virar presidente da República, com o apoio do que há de mais atrasado no país – Estadão, Falha de São Paulo (não é erro de digitação), agronegócio, a joint venture Faria Lima/PCC, Centrão e a direita que sabe usar garfo e faca.
Dito isto, um olhar mais atento revela o quanto São Paulo se consolidou como a vanguarda do atraso. Tem uma das polícias que mais matam no Brasil, ostenta a sanha de privatizar tudo o mais rápido possível e oferece ao país um festival de escândalos que deixaria Maluf com inveja.
Eis alguns exemplos: o esquema bilionário de fraudes na Secretaria de Fazenda, cuja a única prisão que ainda se mantém valendo é a do diretor da Sefaz. Cabe lembrar que os veículos de comunicação, em 99,9% do noticiário, o apresentam como um “fiscal” – sem mencionar o cargo que ocupa na estrutura de governo.
Depois veio a revelação nada surpreendente da Farinha Lima (novamente não é erro de digitação) com o crime organizado. As pegadas sujas encontradas indicam passos de figuras influentes que visitam com muita frequência o Palácio dos Bandeirantes.
Tem ainda o negócio estranhíssimo da venda da Sabesp e a absurda privatização de escolas públicas. A última proeza do carioca que não sabe a diferença entre Jabaquara e Araraquara foi visitar Asmodeu para pedir bênção eleitoral – todas as despesas bancadas com dinheiro público.
Enquanto o carioca passeia, pessoas estão morrendo por ingestão de bebidas contaminadas por metanol. Qual a medida tomada pelo nobre governador? Proibir a divulgação do nome dos bares onde o coquetel da morte foi servido. É a velha piada sem graça do marido traído que vende o sofá.
Como carioca que escolheu viver em São Paulo, proponho a devolução do governador às terras de origem.
Marlucio Luna é jornalista.
Texto publicado no perfil do autor no Facebook.